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Prevenção aos acidentes ocupacionais passam pelo médico do trabalho

O dia 27 de julho foi dedicado à Prevenção de Acidentes do Trabalho em todo o Brasil. Apesar dos avanços ocorridos no país, ainda existe muito a ser feito nesse assunto. Para a presidente da Associação Nacional da Medicina do Trabalho (Anamt), Rosylane Rocha, o Brasil, felizmente, diminuiu o número de acidentes graças à dedicação dos médicos do trabalho e demais profissionais de SST. Mas entende que é “indispensável continuar o trabalho e levar aos empregadores dados reais dos benefícios alcançados com o investimento em segurança e saúde no trabalho”.

“Contra números não há argumentos falaciosos”, afirma Rosylane. Para ela, investir em prevenção de acidentes, capacitação, EPI individual e coletivo e assistência integral à saúde do trabalhador resulta em menos acidentes, menos adoecimento e mais satisfação com o trabalho. “Para a sociedade, este investimento também retorna em menos custo nos serviços de saúde. Tudo isto associado a uma organização de trabalho que respeite os limites do ser humano em um ambiente harmônico e respeitoso”, afirma.

E lembra que cabe ao médico do trabalho avaliar, reduzir ou eliminar os riscos de acidentes e doenças. “Esta função é contínua, já que o médico do trabalho avalia constantemente a saúde dos trabalhadores e assim pode perceber eventuais nexos entre questões de saúde da população de funcionários e algum possível risco no ambiente das empresas”.

O médico do trabalho, de acordo com Rosylane, também promove ações, campanhas e mudanças de comportamento em direção à saúde integral. Alguns exemplos são campanhas antitabagismo, de controle da obesidade, hipertensão, entre outros. “Muitas vezes, esse trabalho extrapola o ambiente das empresas e chega às famílias dos funcionários, em um impacto positivo bastante amplo”.

Além disso, lembra a presidente da Anamt, o médico do trabalho é o mais fácil e rápido acesso à assistência primária de saúde para cerca de 40 milhões de trabalhadores. “Os brasileiros adoecem e morrem de doenças crônicas que podem ser bem controladas se diagnosticadas e tratadas precocemente, e com orientação adequada podem ser evitadas”, alerta. “Todo contexto do trabalho pode ter repercussão sobre a saúde do trabalhador e, mais uma vez, o médico do trabalho tem papel fundamental dentro das empresas ou no SUS”.

Atualmente existe um projeto de lei (PL) na Câmara dos Deputados que acaba com a exigência dos exames admissionais, demissionais. Se aprovado, de acordo com Rosylane, isso vai afetar a prevenção de acidentes de trabalho.. “Os exames ocupacionais são indispensáveis e são uma ferramenta epidemiológica valiosa dentro do contexto da saúde do trabalhador”, garante.

Ela reforça que durante o exame ocupacional, o médico do trabalho pode fazer diagnósticos precoces que podem salvar a vida de um trabalhador. “Não se trata de exame simplório, ao contrário do que tentam divulgar. Diminuir a importância do exame ocupacional e, ainda pior, acabar com a exigência desses exames é atentar contra a integridade da saúde do trabalhador e causar imenso prejuízo aos empregadores, ao sistema de saúde e à previdência”, afirma.

Fonte: Revista Cipa

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