Os Riscos Ocupacionais para Trabalhadores da Saúde, como médicos, enfermeiros e outras áreas que atuam nos hospitais, na última palestra do I ANAMT International Symposium on Occupational Health & Safety. Ela destacou a importância do treinamento desses profissionais, além de outros aspectos que atingem o setor globalmente, como a “fuga de cérebros” em alguns países, além do medo de contrair doenças crônicas ou fatais no exercício da atividade.
Para minimizar esses aspectos, ela explicou que é preciso eliminar riscos, como agulhas usadas que podem ser vetores de doenças, controle de práticas no trabalho, uso de EPIs e higiene ocupacional, além de coleta inadequada desses resíduos, o que também pode afetar pessoas que não atuam no setor. Ela pontuou que há mais casos de infecção de trabalhadores da saúde com doenças como hepatite, HIV e tuberculose, do que entre a população em geral.
Nesse sentido, ela explicou que há ISOs específicas sobre o tema, como manejo de seringas e gestão de resíduos, além de salas de isolamentos, EPIs e lavagem das mãos frequentes, além de um programa de vacinação específica para esse público.
No caso da Covid-19, a preocupação deve ser com a eficácia das vacinas adotadas, porém, ressaltou que ainda é incerto o período de imunização das pessoas após a vacinação, além de métodos de identificar esse aspecto. Para além disso, ela falou sobre a disponibilidade do imunizante, que é desigual pelo mundo, além da resistência da aplicação da vacina mesmo entre profissionais de saúde, com casos de demissão daqueles que recusam a vacina, inclusive de outras áreas, como professores. “A pandemia exacerbou riscos que já existiam, trazendo atenção do público para o assunto”, pontuou.
Além da contaminação pela Covid-19, que atingiu 570 trabalhadores da área nas Américas, há outras doenças causadas pelo contexto, como dermatites, síndrome de burnout, estresse, fadiga, além de violência e bullying.
Dra. Gwen destacou que, apesar do reconhecimento que a pandemia trouxe, o que os profissionais de saúde querem é respeito pela saúde e segurança dos mesmos, treinamento, EPIs suficientes, proteção legal, além do foco na prevenção e programas nesse sentido.
Fonte: ANAMT