A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é a nova lei criada para a proteção de dados pessoais no Brasil. O parlamento brasileiro aprovou a LGPD como Lei n.º 13.709 em agosto de 2018. Desde então, a lei foi modificada duas vezes e entrou em vigor em 15 de agosto de 2020. O objetivo da proteção de dados é manter em segurança a privacidade das pessoas por meio do bom uso de seus dados.
A LGPD fornece e exige esse tipo de proteção e impõe deveres e limitações aos agentes de processamento para fazer cumprir a lei. Na saúde ocupacional, são muitos os impactos da LGPD. Ela determina que organizações que obtêm e cuidam de dados confidenciais precisam seguir determinadas diretrizes. Isso inclui as instituições de saúde, que precisam tratar com mais rigor essas informações.
São protegidos pela LGPD os dados coletados responsáveis pela identificação do paciente. Sendo assim, passa a ser uma exigência o conhecimento e a aplicação das diretrizes previstas na lei federal para clínicas, médicos, hospitais e qualquer profissional da área de saúde que preste serviços — como a coleta de dados pessoais.
São considerados dados pessoais sensíveis todas as informações relacionadas à saúde do paciente. Estar em conformidade com a LGPD é um grande desafio dos departamentos de uma organização. Isso em especial dos médicos do trabalho, que devem assegurar a existência de recursos adequados e de processos mais claros e seguros.
Tudo com o intuito de assegurar a integridade, a privacidade, a guarda e a disponibilidade de dados de funcionários que fazem parte dos programas de saúde — principalmente os médicos responsáveis pelo SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança) e pela Medicina do Trabalho, bem como pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).
É importante frisar que o principal desafio que engloba a LGPD na medicina do trabalho é a grande quantidade de dados pessoais que circulam pelas empresas. O grande volume de informações ocasiona a dificuldade de controle da forma como elas são utilizadas. Devido a isso, é essencial contar com um sistema de gestão que trate da segurança dos dados, e nesse caso, principalmente dos dados pessoais dos integrantes inseridos nessa base.
Existem algumas práticas que ajudarão você a se adequar à LGPD. Veja!
Criar um programa efetivo de governança e de privacidade
É muito importante que seja implementado na empresa um Programa Efetivo de Governança de Privacidade. Porém, ele precisa ser mais do que se adaptar a contratos ou a documentos. Uma estratégia de governança de privacidade eficaz é essencial para qualquer organização que lida com um grande volume de informações pessoais, como hospitais e clínicas.
Elaborar uma cultura empresarial
Com a nova lei, impactando a saúde e a privacidade de dados, fica a cargo dos programas de engajamento, educação, boas práticas e humanização determinar elementos de superação ao ambiente adverso em que se vive dentro e fora do ambiente de trabalho.
É preciso realizar treinamentos frequentemente e ter meios de comunicação mais acolhedores, mudança de hábitos e de cultura empresarial. Além disso, é preciso colocar em prática ações para conscientizar os profissionais da importância da proteção de dados. Isso fortalece o papel de protagonista das empresas na medicina do trabalho neste momento.
Contar com uma boa equipe
Para se alinhar com a estratégia de privacidade definida, uma organização precisa estruturar uma equipe preparada para realizar uma gestão eficaz da proteção de dados. A maneira como a organização estrutura os seus colaboradores (estrutura organizacional), geralmente, determina o modelo de governança de privacidade da empresa.
Ela também precisa considerar a contratação de pessoas com foco no gerenciamento de privacidade, se a equipe tiver falta de pessoal. Ao adicionar novos membros à equipe, é essencial saber quais serão suas responsabilidades e preparar cada membro para assegurar que as informações terão um tratamento adequado.
Agora você conhece os impactos da LGPD na saúde ocupacional e sabe quais práticas ajudam a implementá-la. Lembrando que é muito importante atuar em regularidade com a lei e, assim, evitar as penalizações cabíveis.
Fonte: SAFE